A dinastia familiar de porta-bandeiras iniciada pela portelense Vilma Nascimento, de 80 anos, acaba de chegar à quarta geração. Bisneta da baluarte, Clarice Nascimento, tem apenas 10 anos e está fazendo aulas para aprender a arte no projeto social Madureira Toca, Canta e Dança, realizado aos sábados, na quadra da Portela.
Clarice desfilou como passista na escola mirim Filhos da Águia, em 2018, mas não se sentiu muito à vontade. Após o Carnaval, no entanto, por iniciativa própria, decidiu ser porta-bandeira e passou a ver vídeos de desfiles no YouTube.
- Sempre achei as porta-bandeiras bonitas e elegantes. Gosto muito de fazer o projeto e estou adorando dançar", diz a pequena, que é moradora de Madureira.
Vilma, que ajudou a costurar a primeira roupa de porta-bandeira da bisneta, faz gosto:
- Ela (Clarice) leva jeito, vai brilhar. Se ela decidiu aprender a nossa arte, vou apoiar. Nunca incentivei ela a ser porta-bandeira, mas já que decidiu ser, dou total apoio. Estou muito feliz! É a quarta geração de porta-bandeira e a sexta de sambistas da família Nascimento.
Estrela dos desfiles da azul e branco entre as décadas de 1950 e 70, Vilma, que foi eternizada na canção "O Conde" (sucesso na voz de Jair Rodrigues), é mãe de Danielle Nascimento, porta-bandeira da Paraíso do Tuiuti, e avó de Camylinha Nascimento, atual segunda porta-bandeira da Portela e primeira da Unidos da Ponte.
Para quem se interessar, o projeto apoiado pela Portela, que completou 22 anos em maio e já revelou talentos como Raphaela Caboclo, Rosilane Queiroz e Diogo Jesus, está com inscrições abertas para crianças e adolescentes. Além de técnicas de dança, os alunos têm aulas de postura e expressão corporal com uma equipe de instrutores.
Mais informações sobre inscrições para o projeto podem ser obtidas através dos telefones 99893-3509 e 3217-1604.