Para fazer bonito no domingo de Carnaval, a União da Ilha tem feito o dever de casa: investindo no barracão e ensaiando sua comunidade com afinco. Porém, no treino de ontem à noite na Sapucaí, ficou provado que a escola pode ter problemas com o samba, classificado por muitos com um dos menos primorosos da safra deste ano. Apesar da maioria das alas terem a letra na ponta da língua, o hino não empolgava os componentes, muito menos o público.
Dentre as partes mais aplaudidas pela plateia estavam as acrobacias do cadeirante que fez parte da comissão de frente, a passagem da bateria de Mestre Ciça e atriz Cacau Protásio (no final da agremiação). A comissão não fez a coreografia oficial, mas mostrou animação com componentes vestidos como turistas chegando ao Rio (assim como fazem os deuses olímpicos no enredo "Olímpico por natureza. Todo mundo se encontra no Rio!"). O grupo só tinha um integrante em cadeira de rodas, mas, pelo que se vê nos ensaios da Cidade do Samba, haverá outros deficientes (clara alusão às Paraolimpíadas, que, assim como as Olimpíadas, também acontecerão na cidade, neste ano).
A estreante rainha da bateria, Bianca Leão, evoluiu com uma fita de ginástica rítmica. Algumas alas também usarão objetos e adereços esportivos. Na que vai representar o mar, leques eram movimentados para simular as ondas.